terça-feira, 18 de outubro de 2016

.....

Perder o casamento de amigos queridos, o nascimento de mais um membro da família, a despedida daquela pessoa que eu tanto amava e que foi morar no céu. Morar longe, às vezes, é mais difícil. No dia-a-dia a vida na Argentina, no Paraguai ,em Foz ou no Brasil é quase igual: acordar cedo pra fazer as coisas, seguir na Faculdade, almoçar,  jantar, ver rede social , estudar e dormir. A rotina continua praticamente a mesma não importa em que país seja nossa casa...e, assim, o tempo vai passando sem que a gente perceba. O problema é quando a gente para e se dá conta de que, por morarmos em outro país, não deu pra despedir daquela pessoa no hospital. Só deu tempo de chegar pro velório. Não deu pra se emocionar vendo nascer o filho do meu primo na maternidade. Só deu pra ver a foto, depois. Não deu pra acompanhar nossos amigos fazendo juras  amor eterno. Só deu pra fazer um brinde a distância. Claro que nesses momentos a gente fica ainda mais grudado no telefone. Claro que Face,Time e Skype são maravilhosos, os melhores amigos de quem mora no exterior e deixou o coração no Brasil ou em qualquer outro país do mundo! Mas, como eu sempre digo, não chega nem perto do que a gente gostaria. Ninguém ainda inventou um aplicativo que permita que a gente dê o último beijo na pessoa que partiu. Nem que seguremos a nossa "priminha" no colo logo depois do parto. Nem que dancemos com os nossos amigos, agora marido e mulher. Ficar de fora desses momentos é muito doído. Faz a gente repensar sentimentos. Faz a gente valorizar muitas coisas, principalmente as amizades. De alguma maneira, morar longe faz a gente tirar a vida do automático. Faz a gente pensar no que é importante de verdade. No que vale a pena. No que vamos levar dessa viagem que é a vida.
.
Sim, estou pensativa e meio triste hoje. Desculpem. É que morar longe, às vezes, é mais difícil!

Nenhum comentário:

Postar um comentário